Semana passada divulguei num tributo ao Dia da Independência o hino da festividade com sua forma mais fácil de interpretar, sem os estilismos da época. Quem quiser pode ver aqui. Mas o Hino da Independência é relativamente fácil, convenhamos. Mas o nacional hum...
Dedicado a nossa querida Vanusa (não pude me aguentar, hehe), divulgo agora o Hino Nacional Brasileiro, que é muito mais etilizado e enfeitado, sendo questão de vestibular: "Qual o sujeito na frase: 'Ouviram do Ipriranga as margens plácidas, de um povo o brado retumbante'?".
Ai em baixo vocês conferem a resposta, anexo um histórico das idas e vindas até a versão final do hino.
Dedicado a nossa querida Vanusa (não pude me aguentar, hehe), divulgo agora o Hino Nacional Brasileiro, que é muito mais etilizado e enfeitado, sendo questão de vestibular: "Qual o sujeito na frase: 'Ouviram do Ipriranga as margens plácidas, de um povo o brado retumbante'?".
Ai em baixo vocês conferem a resposta, anexo um histórico das idas e vindas até a versão final do hino.
A música do hino brasileiro foi composta por Francisco Manuel da Silva, em 1831 e ficou 91 anos sem ter uma letra oficial.
A letra deste hino já foi apresentada em três diferentes versões. A primeira é de 1831, para comemorara abdicação de D. Pedro 1 e seu retorno a Portugal.
Em 1841, recebeu a segunda versão, que celebrava a coroação de D. Pedro II. Nela, o autor desconhecido expressava momentos históricos do Brasil, não a alma do povo, tanto que caiu no esquecimento. Além disso, como os versos não se enquadravam na partitura, o hino era mais tocado do que cantado. Sendo assim, outra letra precisava ser escrita.
Com a proclamação da República, essa letra monarquista caiu em desgraça, mas só foi substituída em 1922, quando foi realizado um concurso público para que um novo hino fosse escolhido. Como o primeiro colocado era muito parecido com a Marselhesa, o hino francês, para não se ter um plágio como símbolo do país, o hino vencedor foi aproveitado para ser o Hino da República (“Liberdade! Liberdade!/Abre as asas sobre nós/Das lutas na tempestade/Dá que ouçamos tua voz!”). Outro concurso foi aberto e no decorrer dele, optou-se por mudar só a letra, mantendo a música criada por Francisco Manuel da Silva, em 1831. As estrofes de Joaquim Osório Duque Estrada acabaram sendo escolhidas.
Aversão oficial do Hino Nacional compõe-se de duas partes, cada uma com vinte e cinco versos.
Autor da letra
Joaquim Osório Duque Estrada
Nasceu em Pati do Alferes (RJ) em 1870 e faleceu em 1927, no Rio de Janeiro. Professor do Colégio D. Pedro II e da Escola Normal, foi poeta e critico literário. Obras principais: A Arte de Fazer Versos, Crítica e Polêmica.
Autor da música
Francisco Manuel da Silva
Nasceu em 1795 no Rio de Janeiro, onde faleceu em 1865. Dedicou-se à música desde a infância, fundando a Sociedade Beneficente Musical e o Conservatório de Música do Rio de Janeiro.
Nasceu em 1795 no Rio de Janeiro, onde faleceu em 1865. Dedicou-se à música desde a infância, fundando a Sociedade Beneficente Musical e o Conservatório de Música do Rio de Janeiro.
Hino Nacional Brasileiro | |
Letra Original | Versão (ordem direta) |
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heróico o brado retumbante, E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, Brilhou no céu da Pátria nessa instante. | As margens plácidas do [rio] Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico, E, nesse instante, o sol da liberdade brilhou no céu da Pátria em raios fúlgidos. |
Se o penhor dessa igualdade Conseguimos conquistar com braço forte, Em teu seio, ó Liberdade, Desafia o nosso peito a própria morte! | Se, com braço forte, conseguimos conquistar o penhor dessa igualdade em teu seio, ó Liberdade, o nosso peito desafia a própria morte! |
Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve!Salve! | Salve! Salve! Ó Pátria amada, Idolatrada. |
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido De amor e de esperança à terra desce, Se em teu formoso céu, risonho e límpido, A imagem do Cruzeiro resplandece. | Brasil, se a imagem do Cruzeiro resplandece em teu céu formoso, risonho e límpido, um sonho intenso, um raio vivido de amor e de esperança desce à terra. |
Gigante pela própria natureza, És belo, és forte, impávido colosso, E o teu futuro espelha essa grandeza. | Gigante pela própria natureza, és belo, és forte, impávido colosso, e essa grandeza espelha o teu futuro. |
Terra adorada, Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada! | Brasil, Pátria amada! Entre outras mil, tu és a terra adorada. |
Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil! | Brasil, Pátria amada! [tu] és [a] mãe gentil dos filhos deste solo. |
Deitado eternamente em berço esplêndido, Ao som do mar e à luz do céu profundo, Fulguras, ó Brasil, florão da América, Iluminado ao sol do Novo Mundo! | Deitado eternamente em berço esplêndido, ao som do mar e à luz do céu profundo, iluminado ao sol do Novo Mundo, [és tu que] fulguras, ó Brasil, florão da América. |
Do que a terra mais garrida Teus risonhos lindos campos têm mais flores; “Nossos bosques têm mais vida”, “Nossa vida’ no teu seio mais amores”. | Teus campos risonhos e lindos têm mais flores do que a terra mais garrida; “Nossos bosques têm mais vida”, no teu seio [também] “Nossa vida mais amores”. |
Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve!Salve! | Salve! Salve! Ó Pátria amada, Idolatrada. |
Brasil, do amor eterno seja símbolo O lábaro que ostentas estrelado, E diga o verde-louro desta flâmula Paz no futuro o glórias no passado. | Brasil, [que] o lábaro estrelado que ostentas seja símbolo de amor eterno, E o verde-louro desta flâmula diga: Paz no futuro e glória no passado. |
Mas, se ergues da Justiça a dava forte, Verás que um filho teu não foge à luta, Nem teme, quem te adora, à própria morte. | Mas, se ergues a clava forte da Justiça, Verás que um filho teu não foge à luta. [verás que] quem te adora [não] teme nem a própria morte. |
Terra adorada, Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada! | Brasil, Pátria amada! Entre outras mil, tu és a terra adorada. |
Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil! | Brasil, Pátria amada! [tu] és [a] mãe gentil dos filhos deste solo. |
Vocabulário
BRADO grito forte
CLAVA grande porrete, usado no combate corpo-a-corpo
COLOSSO grande, gigante, nome de uma estátua de enormes dimensões
CRUZEIRO a constelação de estrelas que forma o Cruzeiro do Sul
ESPELHA reflete
FLÂMULA bandeira
FLORÃO enfeite, ornamentos, jóia, ornato em forma de flor
FÚLGIDOS brilhantes, cintilantes, de luz intensa
FULGURAS que brilhas, que ama e defende seus “filhos”, os brasileiros
GARRIDA que tem elegância, graça; enfeitada, vistosa, que chama a atenção pela beleza
IDOLATRADA adorada, muito querida, muito amada, respeitada
IMPÁVIDO corajoso, destemido, tranquilo, calmo
IPIRANGA é à riacho em cujas margens D. Pedro 1 proclamou a independência
LÁBARO bandeira, antigo estandarte usado pelos romanos
LÍMPIDO limpo, claro, puro, sem nuvens
MÃE GENTIL a pátria, que ama e defende seus “filhos”, os brasileiros
NOVO MUNDO América, novo continente descoberto pelos europeus
OSTENTAS exibes, mostras
PENHOR garantia, prova, a segurança de que haverá liberdade
PLÁCIDAS tranquilas, serenas, calmas, sossegadas
RESPLANDECE brilha
RETUMBANTE vibrante, estrondoso, que ecoa, faz eco
SEIO coração, dentro do peito
VERDE-LOURO verde e amarelo
VIVIDO cheio de vida, luminoso, brilhante
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