terça-feira, 9 de agosto de 2011

A Chapézinho Vermelho dos Últimos Dias - Na casa da Vovó

de R. Cônego Miguel Giacca, 2 - Criciúma - SC, 88801-030, Brasil
Dando sequência aos comentários sobre essa obra, hoje vou falar sobre os dois personagens principais, a Chapéuzinho e o Lobo Mau. No contexto que incluir uma abordagem social na peça, escolhemos tratar sobre os trantornos alimentares com dois problemas bem aborados na época, a bulemia e obesidade. Como você deve ter percebido, especto leitor, a Chapéuzinho terá obesidade e o Lobo Mau sofre bulemia. A idéia orginal foi sugerida pelo meu saudoso professor, Ronaldo Heidemann, apenas com a Chápeuzinho que comia os docinhos da Vovó. Foi aí que abracei a história e comecei a incluir outras características aos personagens.
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Chapéuzinho chega a casa da Vovó, mas não a encontra, apenas o Louro que está pousado em uma árvore. 

- Currupaco!!! A vovó não está! Curru...,  avisa o empenado.

- Como não?! Ela não tava doente?

- Por que você acha (curru), que ela foi com o soro junto?!


Chapéuzinho fica abismada imaginando a cena.

- Quer ir embora e voltar quando ela vier?

- Não, espero aqui... É... Tô como uma fominha, vou comer um docinho. Quer? - pergunta ela de boca cheia.

- Se tivesse uma bananinha, algo mais saudável...

- Você também como essa mania?! Melhor sobra mais!... Mais um não faz falta... dois... três..., diz a menina, comendo um a um. Quer sabe, a vovó está demorando muito; vou comer tudo!

- Vai ficar balofa... currupaco!

- Balofa é a vó!

Ao som BYBO, do System Of A Down, a Vovó entra em cena deixando todos assustados.


- Ah, ha! - grita a velha.

- Ahhhh...!!! - respondem os dois assustados, susto que faz Chapéuzinho arremessar a cesta ao alto.

- PÔ, que vocês estão falando, aí?!

- Nadinha!!! - esclarecem sem graça.

- Hãm...

- Vovó, você está doente, não podia sair assim!

- E perder o show dos Carnívoros Sangrentos Mortais? NUNCA!!

Carnívoros Sangrentos Mortais, nossa, até parece Malhação!! - brinca o narrador.

- É bicho, mas é puro rock, puro rock!!! - nota a cesta de docinhos - Docinho pra min? Obrigada malu... cadê o doce?

- Eu que pergunto, CADÊ O DOCE?! - pergunta o diretor

- Eu comi seu diretor.

- Desculpa, é força do hábito.

- Relex, netinha! Amanhã você pede mais pro doce de teu pai. Agora entra vem tomar café, hoje tem cuca, cavaquinho e rosquinha.

- OBA!! Comida, esclama a menina enquanto entra na casa da Vovó.

- Todo dia é a mesma coisa: cuca, cavaquinho e rosquinha...

Finalmente o Lobo Mau chega exausto, se arrastando pelo chão. 

- Docinho, docinho..., clama o Lobo.

- Curru, curru, curru, curru.

- Qual... É... a... graça-ça?!

- Chegou atrasado (curru) a baleia já comeu tu... Ai! - Louro é acertado  por um copo que voa pela janela.

- Baleia é a vó!

- Chaaaapéuuuu!! - alerta a Vovó

- Ei, isso é uma fronta a fauna, vou exigir meus direitos, o IBAMA, chamem o juiz, o advogado, tem algum na platéia...

Vovó arremessa um prato que derruba o papagaio da árvore, se juntando ao Lobo Mau no chão.

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