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Jobs cria a Apple, Gates a Microsoft; Jobs cria o sistema do Mac e Gates cria o Windows com altíssima verosimilhança. Anos, décadas depois, eles se encontram em rede nacional para uma mutua “rasgação de seda”. Se você desconfia desta versão tão didática da história da computação pessoal, o filme Pirates of Silicon Valley é uma grande opção para você.
Filme exibido sem escalas no canal TNT, Piratas foi baseado na obra de Paul Freiberger e Michael Swaine contando o lado heterodoxo dessa história. Em seus noventa de cinco minutos, temos a visão da vida de Bill Gates e Steve Jobs, juntamente com seus grandes amigos Steve Wozniak e Paul Allen, além do cruzamento dessas biografias.
Jobs é artístico, poético, repleto de alter ego. Gates é certinho, apático, representação de um tipo “nerd-harvardiano”. Das duas personalidades, a de Steve Jobs é a mais complexa, contudo ambos tem algo em comum: são grandes estrategistas. Por essa razão, os dois tem um grande amigo para o trabalho (Woz e Allen como já citado), eles é que realmente programavam. Nesta comparação, Bill ainda trabalhou mais em desenvolvimento a vista de Steve Jobs.
Bem o filme nos mostra isso ao início, pois a sequência de acontecimentos é o que dá sustentação ao título do longa. Abordar e blefar, “destruir, pilhar, tomar o que é nosso”, são práticas de piratas ou de estrategistas como Gates e Jobs. É excitante a forma tão interligada que tudo acontece: Bill convence a IBM comprar um software que sequer existia; Jobs toma a interface de computadores desprezada pela Xerox; e acaba apresentando, ou melhor, dando protótipos Macintosh ao futuro inimigo Gates, quando este finge interesse em trabalhar para a Apple, etc., etc....!
Muitas outras situações podem serem conferidas em Piratas do Vale do Silício, as que apresento aqui são apenas para elucidar o seu enredo. A plástica, a fotografia, são muito bem tratadas, juntamente com a atuação dos atores. Destaco Noah Wyle que conseguiu mostrar uma grande interpretação de Steve Jobs, sob a direção de Martyn Burke.
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Burke que poderia ter excluído do longa cenas que ficaram descontextualizadas. Como nas que Steve Ballmer comenta da venda “de um nada” para a IBM e quando Wozniak mostra o que a Apple copiou da Xerox. Nestas, a cena se transforma em uma explicação gráfica, com os atores em croma-key, totalmente fora do estilo apresentado no resto do filme. Enquanto estas cenas ficam explicadas de mais, outras ficam difícil de acompanhar da velocidade empregada.
São erros, não pecados, que nada tiram o mérito da produção. Vale destacar que o longa dá uma atenção muito legal a vida privada dos personagens, e como são influenciados por ela no campo de trabalho. A exemplo, Jobs chega a dar o nome de sua filha a um produto. O filme também proporciona conhecer muito da cronologia dos computadores, passando por Altair, Lisa, Apple I, Apple II e Macintosh.
Por essas e outras razões que recomendo o filme Piratas do Vale do Silício, que você pode encontrar em português por Piratas da Informática. Esta é uma produção para quem gosta de história heterodoxa ou simplesmente sempre desconfia da versão oficial dos fatos.
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Título Original: Pirates of Silicon Valley
Gênero: Drama
Duração: 95 min.
Ano: EUA - 1999
Distribuído: TNT/Warner Bros.
Direção e Roteiro: Martyn Burke
PANDINI, Jeison Cleiton, et al. Resenha do Filme Piratas do Vale do Sílicio (com alterações).
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