. Agora achei que era o momento, nesse contexto de poucos dias, de falar sobre
, especificamente do meu estado: Santa Catarina. Estava ansioso por esta hora, queria muito expor
.
Fato é que
duas semana atrás recebemos um dito "material escolar", composto por
2 cadernos e uma cartilha Pingo nos Hinos. Este último é, no meu julgo,
a melhor coisa que veio no kit, pois trata-se de uma interpretação e explicação detalhada sobre os principais hinos da nação e do estado. Muito bom, num pais que mal sabe o
Hino Nacional, e quem dera o da
Independência ou da
Bandeira. Estes dois últimos confesso que mal sei. Por isso a achei tão interessante.
Mas o que me
irrita é a cara de pau do governo de enviar esses kit
só no meio do ano. Graças a Deus eu não os necessitava, mas quem não tinha,
onde escreveu todo esses meses letivos? Fora que eles desconhecem do
quanto se escreve em uma sala de aula durante esse tempo, nos dando dois cadernos apenas!
E sempre tem aquele que vem com aquela frase tola:
"Burro dado, não se olha o rabo!". Claro que não é dado porcaria nenhuma, porque
governo não é casa de caridade, alguém pagou: nós (e esse coitado que diz a frase)! O pior é que o nosso governo estadual
induz a esse pensamento ignorante, pois no verso, na contra-capa encontramos:
Concerteza ela fica melhor assim: "Material escolar fornecido através do pagamento de impostos, pelo Governo do Estado de Santa Catarina, através da Secretaria de Estado da Educação para uso exclusivo dos alunos da rede pública estadual no segundo semestre do ano letivo de 2009."Isso me faz pensar de verdade que o governo
quer nos ver sempre ignorantes. Logo é evidente que a massa ignorante é muito mais apreciada do que qualquer outra massa,
inclusive pizza!
E não é a primeira vez que isso acontece, no meu tempo de
8ª série recebemos um outro kit que tinha mais conteúdo, é verdade,
mas parecia sair de ponta de estoque: com réguas com marcações do lado errado, tesouras que
mastigavam as folhas, lápis de cor descolorados,
cadernos com folhas inversas, etc e etc que nem lembro mais. Ah, também recebemos um conjunto com uniforme,
verdíssimo e esquisitíssimo: um corte torto, padrões de
tamanho totalmente fora da casinha, alguns recebiam o kit completo, outros não, datas de entrega indeterminadas, uma folia!
Datas, parece, realmente não é o forte do governo. A não ser
quando são a cobranças de nós, povo.
Tudo isso para que nas
próximas eleições, a situação se g
abe de que investiu na educação, blá-blá-blá o mesmo de sempre. Mas será, eu pergunto,
que isso é investir em educação? Ou não seria por caso minhas autarquias, criar mais salas de informática e
dar suporte ao maquinário e software, bem como
capacitar os profissionais para que usem essa ferramenta no dia-a-dia, não para somente pesquisas? Não seria dar espaço e tempo para as escolas planejarem
projetos diferentes? Por em prática a
interdisciplinaridade, unido os conteúdos numa convergência, proporcionado aos alunos a conclusão de que tudo que se aprende não é restrito ao ramo da disciplina?
Dando acesso, meios físicos, transporte digno - e estimular a consciência da preservação do que é público - evitando o
êxodo escolar?
Claro que
uniformes, material é importante, mas eles não foram produzidos com muito zelo. Agora parece que a qualidade está melhor.
Contudo o que o nosso povo quer não é esmola. É um termo duro até, mas é verdade. Todos buscam a sua realização pessoal,
ter seu emprego, o seu dinheiro, sua casa, sua vida com saúde. Ninguém está pedindo kits ao governo, todos querem que o governo os proporcione oportunidades.
Eles estão indo na contramão.
Quero parar por aqui a propósito de
pensarmos um pouco, como eleitores, população civil e como governantes:
será que estamos exercendo nossos direitos de cidadão? Exigindo promessas, projetos, andamentos, fiscalizando, debatendo? E será que os encarregados por nosso voto, estão (com seriedade) cuidando daquilo que necessitamos? Será que defendem os direitos da classe que os elege? Será que trabalham para elas?
Como uma propaganda diz: são perguntas que movem o mundo... E acrescento: ...
mas devemos ter as repostas.